sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tudo quanto penso

Tudo quanto penso,
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou.
Extensão parada
Sem nada a estar ali,
Areia peneirada
Vou dar-lhe a ferroada
Da vida que vivi.
Fernando Pessoa

Nenhum comentário:

Postar um comentário