domingo, 8 de julho de 2012

Viviane Mosé (Parte 1) « Conexão Roberto D'Ávila

Luz do Sol - Caetano Veloso

Viviane Mosé - Conexão Roberto D'Avila (06/11/2011)

[Filosofos & Educação] Karl Marx (vol.6)

Educação com Viviane Mosé - Café Filosófico -- CPFLCultura

Especial Nietzsche - Viviane Mosé - Café Filosófico (Exibido dia 29.03.2...

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Provocacoes 10/05/2011 - bloco 01

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Provocações - Texto Final (Antônio Abujamra) - Abujamra - 26/07/2011

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Heidegger por Abujamra.flv

sábado, 7 de julho de 2012

Aline Barros - Onde Está a Esperança HQ

Eyshila - Sonhos não tem fim (Exclusiva)

Bruna Karla - Te amo (part. Anderson Freire) ( Clipe em HD)

Bruna Karla - Posso Ser Feliz (Clipe oficial MK Music em HD)

Aline Barros - Quero Viver Algo Novo - Clipe Oficial

O Poeta






A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante.
O poeta é o destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E a sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.
Ele é o etemo errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida.
O poeta tem o coração claro das aves
E a sensibilidade das crianças.
O poeta chora.
Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas tristes
Olhando o espaço imenso da sua alma.
O poeta sorri.
Sorri à vida e à beleza e à amizade
Sorri com a sua mocidade a todas as mulheres que passam.
O poeta é bom.
Ele ama as mulheres castas e as mulheres impuras
Sua alma as compreende na luz e na lama
Ele é cheio de amor para as coisas da vida
E é cheio de respeito para as coisas da morte.
O poeta não teme a morte.

Seu espírito penetra a sua visão silenciosa
E a sua alma de artista possui-a cheia de um novo mistério.
A sua poesia é a razão da sua existência
Ela o faz puro e grande e nobre
E o consola da dor e o consola da angústia.
A vida do poeta tem um ritmo diferente
Ela o conduz errante pelos caminhos, pisando a terra e olhando o céu
Preso, eternamente preso pelos extremos intangíveis.

Vinícius de Moraes
Rio de Janeiro, 1933